Thursday, April 23, 2015

O ELIXIR DA VIDA


Não planeei escrever este texto, como aliás não planeio a maioria deles, mas ao fazer hoje um post na página d'O Pro(fé)ta no Facebook sobre o Dia Mundial do Livro (by the way, sabiam que a Bíblia lidera a lista dos 10 livros mais vendidos no Planeta há cinco décadas?), lembrei-me de uma reflexão que fiz há uns dias sobre as palavras de Jesus que lemos em João 8:32 e achei que fazia sentido partilhá-la convosco, especialmente neste dia. 

Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32
É curioso, esta semana estava a ver uma série de que gosto imenso e uma das personagens dizia para outra: "You have no idea how powerful the truth can be" (não imaginas quão poderosa pode ser a verdade". E realmente é mesmo assim, há qualquer coisa de extremamente poderoso na verdade. A verdade liberta! Por mais dura que às vezes ela possa ser (e às vezes é), quando ela é assumida, ela tem o poder de libertar. Quem a diz e quem a recebe!  

E a verdade liberta talvez porque o oposto da verdade é a mentira e a mentira acarreta necessariamente um fardo demasiado pesado de carregar. Assim, quando nos vemos livre dele, é compreensível que nos sintamos mais leves, capazes de finalmente respirar fundo, livres.

Jesus disse que conhecer a verdade nos libertaria. Qual verdade? A Sua Palavra. A santa e eterna Palavra de Deus, a Bíblia.
A tua palavra é a verdade, desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre. Salmos 119:160 
(...) a tua palavra é a verdade. João 17:17b

A Palavra de Deus é a verdade. E a Verdade é Jesus. 

Tuesday, April 21, 2015

SÊ TU MESMO


Vi há tempos o trailer do filme Grace do Mónaco e detive-me numa frase da princesa, protagonizada aqui pela atriz Nicole Kidman. Ela dizia: "Não sei como vou passar o resto da minha vida aqui, onde não posso ser eu mesma..."

Isto deixou-me a pensar em como tantas vezes vivemos presos, mesmo sendo aparentemente livres. Presos a comportamentos e a palavras socialmente aceitáveis. Presos aquilo que os outros esperam e pensam de nós. O que os outros dizem de mim e de ti condiciona, garantidamente, a forma como nos vemos. Quando eu era mais nova lembro-me de ouvir que tinha as pernas gordas e durante muitos anos não queria usar saia porque tinha vergonha. Eu sei.. que disparate! Mas foi assim mesmo.

Mas muitos de nós ouviram muito mais do que isso, infelizmente. Coisas como "não fazes nada de jeito", "não serves para nada", "és um anormal", "nunca vais ser nada na vida", "nunca devias ter nascido" são pérolas que saiem da boca de muitos pais, amigos, avós ao longo do crescimento e que nos fazem muitas vezes crescer a pensar que não somos suficientes, que não somos capazes, que ninguém nos vai amar, que vamos ser maus pais, que não vamos ser bem sucedidos profissionalmente, emocionalmente, enfim...

A Bíblia diz em Génesis que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. E eu pergunto-me, quem é Deus? Não é um ser incrivelmente belo? Amoroso? Cuidador? Protector? Não é este Deus fiel, dedicado, puro, santo, inteligente, criativo, sábio?... não é Ele perfeito?

Então se nós, tu e eu, fomos criados à Sua imagem e semelhança, não deveríamos também ser tudo isto?

Tuesday, April 14, 2015

UMA NOVA HISTÓRIA


Por estes dias acordei a cantar uma música (podem ver o vídeo abaixo)... Cantei uma e outra vez e a música não me saía da cabeça... foi assim o dia inteiro. À noite aconteceu algo que me deixou triste e a música voltou a ecoar na minha mente..."sai da tua tenda filho meu...uma nova história Deus tem para mim...". Coloquei a música a tocar no youtube e ouvi-a novamente. Troquei umas palavras com Deus e abri a Bíblia em Génesis 15. Já tinha lido esta passagem várias vezes e até já ouvi pregações sobre o tema, mas naquele momento tudo aquilo me disse tanto... 

Passados esses acontecimentos, o SENHOR falou a Abrão, por intermédio de uma visão: “Não temas, Abrão! Eu Sou o teu escudo; e grande será a tua recompensa!” 
Contudo, Abrão declarou: “Ó Todo-Poderoso SENHOR, meu Deus! De que valerá uma grande recompensa se continuo sem filhos? Eliézer de Damasco é quem vai herdar tudo o que tenho. Tu não me concedeste descendência, e por esse motivo um dos meus servos, nascido na minha casa, será o meu herdeiro!” Génesis 15:1-3

No capítulo 14 de Génesis, Abrão (Deus aqui ainda não lhe tinha mudado o nome) descobre que o seu sobrinho Ló foi raptado numa guerra e convoca 318 homens para o ir salvar. Saem vitoriosos, Ló regressa a casa e percebemos na atitude de Abrão que ele é um homem de honra e com carácter. Glorifica a Deus, entrega o seu dízimo e não fica com nada do que não é seu. 

Ler isto depois de já ter lido o capítulo 15 fez-me refletir sobre as emoções de Abrão e sobre quem era realmente este homem que hoje conhecemos como o Pai da Fé. E refletir sobre o tema levou-me a perceber em Abrão um homem, com sonhos e frustrações, como todos nós. Um homem casado com uma mulher que ele amava profundamente, mas que não lhe podia dar filhos porque era estéril. Um homem que era tio e que provavelmente via no sobrinho orfão a única oportunidade de ser um pouco pai. Um homem que procurava ser fiel a Deus e fazer a coisa certa, mas que no fundo sentia um vazio por não ter descendência.

Até posso estar a viajar na maionese, mas eu gosto de ler nas entrelinhas. As nossas respostas podem dizer muito sobre o que sentimos e com Abrão não é diferente. Senão vejam... 

No início do capítulo 15 Deus fala com Abrão e diz-lhe: "Não temas, Abrão! Eu Sou o teu escudo; e grande será a tua recompensa!". Uau!Isto é o que eu chamo uma palavra de incentivo! Mas e o que é que Abrão lhe responde? "De que valerá uma grande recompensa se continuo sem filhos?".

E com isto percebemos tudo. Abrão desejava ser pai e esse sentimento era mais real e mais profundo do que imaginamos. Ouvimos muitas pregações por aí sobre a esterilidade de Sara e  sobre a fé de Abrão quando entregou Isaque, mas acho que nunca ouvi ninguém falar sobre o desejo do coração de Abrão, um desejo tão forte, que não havia recompensa que lhe fosse suficiente. Ele não queria mais nada. Ele queria filhos, uma descendência. 

Wednesday, April 1, 2015

O CORAÇÃO DA PÁSCOA


Há uns dias que ando a pensar que tenho de escrever qualquer coisa sobre a Páscoa (afinal é A Data, a "festa" bíblica mais importante de todas), mas confesso que não me apetecia nada. Não sei porquê, mas acho que já se escreveu tanto sobre o tema que parece que não há muito mais a dizer. E, sinceramente, no meio de tanto ruído, será que alguém ouve? 

Ainda assim, Deus é engraçado e ontem enquanto pensava na vida, sem dar por ela desenhou-se na minha mente o que escrever aqui.

Nunca se perguntaram "e se em vez desta decisão, tivesse tomado aquela, onde será que eu estaria?". "E se eu tivesse ido para aquela escola?", ou "E se não me tivesse casado com ele/ela?", "E se tivesse tirado aquele outro curso e escolhido outra carreira?"... "E se"...

Sei que parece parvo, mas eu penso muito nestas coisas... Não que isso importe agora, porque o passado deve ficar lá mesmo, no passado, mas gosto de refletir nisto, na importância de uma decisão, de uma atitude, de uma escolha e em como isso pode mudar uma vida inteira...  

Acontece que ontem pensar nisto levou-me a um lugar diferente. Levou-me a Jesus e à Sua decisão de fazer a vontade de Deus, de se entregar para morrer na cruz. E por momentos respirei fundo e pensei: "e se Jesus não tivesse morrido por mim?". O que seria de mim se Jesus nem sequer tivesse existido? Será que conseguimos sequer imaginar?

E se Jesus não tivesse ido à cruz? Se ele não tivesse seguido em frente com a decisão de me salvar, de nos salvar a todos, a humanidade, o que teria sido de mim, de ti, de todos nós? O que seria do mundo sem Jesus?

Olha para a tua vida e faz um rewind mental. Onde estarias tu se não fosse Jesus? A bíblia diz que Ele nos tirou de uma "cova de destruição, dum charco de lodo" (salmos 40:2) e Ele bem sabe... Não conheço a tua realidade mas eu bem sei do que Ele me livrou a mim e não quero sequer imaginar o que seria a minha vida se eu não O tivesse deixado entrar nela.